Avalie a sua necessidade com base no seu relacionamento consigo mesmo. Como você tem se tratado? Avalie também os seus contextos relacionais e o seu momento de vida.

Quais são as dificuldades que você tem enfrentado? Elas são recentes? São fardos antigos que te acompanham sem que você saiba dizer quando os adotou? 

Como você compreende as suas emoções? E como lida com as suas percepções face aos acontecimentos da vida? 

O processo terapêutico lança holofotes ao seu funcionamento pessoal. Te possibilita identificar e entender os seus valores, desejos, aspirações, inclinações, dificuldades, dores, pontos sensíveis e a articulação de tudo isso nos mais diversos contextos da sua vida. A depender, amplia os seus recursos para enfrentar, suportar ou amenizar o sofrimento (percebido ou causado por infortúnios). Para nós, não existe distinção. Aquele que sofre pode e deve contar com amparo até que o conforto torne a ser parte das suas conjunturas. Ou até que sejam criadas conjunturas novas, mais alinhadas com a realidade interior. 

De novo, não é milagre! O sofrimento ou desconforto não desaparece do dia para a noite e pelo resto dos tempos. Não sou eu quem vai te fornecer métodos para que a vida passe a ter a justa medida da perfeição. Estimular a sua confiança e autonomia para que os passos cambaleantes sejam dados e para que se levante a despeito das dificuldades é primordial, ao invés de alimentar ilusões. 

Embora o grande campo da Psicologia seja vasto, é importante que você saiba que a terapia não é genérica.

O método da “livre associação” em que o paciente/cliente é estimulado a falar para que sua fala seja interpretada à luz de uma filosofia está ligado a uma das formas de conduzir o processo terapêutico.

Contudo, apesar de nos voltarmos aos conteúdos subjetivos e às manifestações específicas e altamente particulares de cada questão, o sofrimento subjetivo muitas vezes pode ser entendido por construtos de definição cientificamente universal (guardadas as devidas adaptações culturais). Eu trabalho de formas mais diretivas, o que não significa que comando o ritmo e o tom do processo, nem que forneço respostas e desconsidero o seu material interior, pelo contrário: a especialidade técnica requer parceria e colaboração com a primeira pessoa do discurso no singular; o “eu” que sente, o “eu” que age, o “eu” que percebe, o “eu” que sabe mais de si do que qualquer outra pessoa pode saber. Só você é especialista em si mesmo. Conte comigo para aprofundar esse conhecimento.  

Por fim: nem todo mundo precisa de terapia. Entretanto, um bom processo terapêutico auxilia pontual ou existencialmente qualquer ser humano. Serve como um apoio, um suporte, um espaço e um tempo dedicado àquilo que você tem de mais precioso e único, a sua verdadeira essência.